(Foto: maps.google.com)
Clóvis Bevilaqua, nascido a 4 de outubro de 1859 em Viçosa do Ceará-CE, foi um grande jurista, filósofo, historiador e legislador.
(Foto: domínio público)
Filho de um padre, veio para o Rio de Janeiro aos 17 anos terminar seus estudos básicos, onde deu início à carreira nas letras, fundando o jornal “Laborum Literarium” com dois amigos. Parte rumo ao Recife-PE em 1878 para ingressar na Faculdade de Direito do Recife, tornando-se bacharel em 1882. Teve uma vida acadêmica intensa na cidade, aproximando-se do grupo de jovens criadores da chamada “Escola do Recife”, movimento que agitou os meios crítico, filosófico, sociológico e intelectual.
Sua importância nos meios acadêmico e do direito aumenta. Torna-se um professor dos mais respeitados, crítico literário com diversos ensaios publicados, e conduz uma atuação na área jurídica muito sólida, mais notadamente em livros de Direito Civil.
Em 1897, Bevilaqua, então bastante respeitado e conhecido no país, é convidado para ser sócio fundador da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira 14. Também por conta de seu enorme prestígio, em 1899 o então Ministro da Justiça Epitácio Pessoa o convoca para elaborar o primeiro projeto do Código Civil Brasileiro. Clóvis escreveu o projeto em apenas seis meses, de próprio punho. O Congresso Nacional promulgou o Código somente em 1916, demora esta explicada pela pressão exercida por seus opositores, dentre os quais se destacava Rui Barbosa. Afirma-se sem medo de errar que o Código Civil Brasileiro imortalizou Clóvis Beviláqua no cenário jurídico e intelectual.
Ocupou até 1934 a consultoria jurídica do Ministério das Relações Exteriores, quando, por razão da avançada idade, foi aposentado compulsoriamente (imposição da Constituição em vigor à época).
Dez anos mais tarde, em 26 de julho, falece no Rio de Janeiro, então DF, deixando um legado merecedor de inúmeras homenagens na área do Direito, nomeando fóruns, tribunais, centros e diretórios acadêmicos país afora.