Boca Maldita
Paula Toller Amora, nascida em 23 de agosto de 1962, é um é uma cantora e compositora brasileira, atualmente em carreira solo, e bastante conhecida por ter sido vocalista da banda Kid Abelha.
Paula Toller e o paralama Herbert Vianna (Veja Rio)
Aos cinco anos de idade, os pais de Paula se separaram, forçando seu irmão e ela a irem morar com os avós maternos na Tijuca. Seu avô, Paulo, foi ex-assessor da presidência da República e do Governo do Estado da Guanabara, historiador e autor de vários livros. E foi lá que seu universo musical começou a ser formado: escutava bastante música clássica, espanhola e óperas. De popular, Carmem Miranda, Elis Regina, Gilbert Bécaud e Beatles.
Muito influenciada em casa por estes artistas estilos, e outros como James Brown e Tim Maia (favoritos do irmão), Paula explica como teve certeza de sua vocação: “Eu estava em meu quarto. Na sala de visitas, meu namorado e meus avós assistiam TV. Ouvi um som legal e corri para ver o que era. Era a Gang 90 e as Absurdettes cantando “Perdidos na Selva” num festival da Rede Globo. Ninguém percebeu, mas, naquele momento, minha vida mudara completamente e tive certeza de que cantaria aquele tipo de música”.
Sua carreira musical começou como vocalista do então chamado Kid Abelha e os Abóboras Selvagens. Luis Antônio Melo, jornalista e fundador da extinta Rádio Fluminense FM, foi das pessoas mais importantes no início da carreira do grupo, que, ao receber uma fita demo, interessou-se em colocá-la na programação.
Em 13 de novembro, o grupo liderado pela voz doce de Paula Toller se apresentou pela primeira vez, no igualmente emblemático Circo Voador, na Lapa, Rio de Janeiro, na abertura do show de Zé da Gaita e Jard’s Macalé.
Lançado em 1983, Pintura Íntima, o primeiro compacto da banda, vende mais de 100.000 cópias. No ano seguinte, venderia ainda mais (150.000 cópias) com o primeiro LP, Seu Espião, do qual se destacou a faixa-título, composta em parceria com Herbert Vianna e Leoni.
Ao longo dos anos, o grupo mudou de formação e reduziu o nome, passando a se chamar Kid Abelha. Da formação original permaneceram apenas Paula, George e Bruno.
A crítica chegou a pensar que o Kid Abelha seria apenas uma banda que não teria mais do que três sucessos nas rádios. Mas o tempo provou a qualidade e o sucesso do grupo, que durante seus 35 anos de atividade lotou shows por onde passou e vendeu milhões de discos.