Lamartine Babo

Lamartine de Azeredo Babo foi um compositor popular brasileiro. Nasceu em 10 de janeiro de 1904, na Tijuca, Rio de Janeiro-RJ.

Em 1958, com o grande companheiro Braguinha

Tijucano e americano fanático, Lamartine protagonizou cenas memoráveis como o desfile que fez em carro aberto pelas ruas do centro do Rio, fantasiado de diabo, comemorando o último campeonato do America em 1960.

Começou a compor aos 14 anos – uma valsa. Quando foi para o Colégio São Bento, dedicou-se à músicas religiosas – depois foi a vez das operetas.

Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Porém, foi através das marchinhas carnavalescas, cantadas até hoje, como O Teu Cabelo Não Nega, Grau 10, Linda Morena, e A Marchinha do Grande Galo, que o seu nome se tornou mundialmente conhecido como o Rei do Carnaval. Em suas letras, predominavam o humor refinado e a irreverência.

Lalá, como era carinhosamente chamado, era uma das pessoas mais bem humoradas e divertidas de sua época, não perdendo nunca a chance de um trocadilho ou de uma piada. Em uma entrevista certa vez afirmou: “Eu me achava um colosso. Mas um dia, olhando-me no espelho, vi que não tenho colo, só tenho osso”.

Em 1949 compôs os hinos alternativos (não-oficiais) dos 11 participantes do Campeonato Carioca de Futebol daquele ano, com patrocínio do programa de rádio Trem da Alegria, que lançou LPs de cada um dos clubes. Reza a lenda que em um só dia Lamartine Babo compôs os famosos hinos dos considerados seis maiores e mais tradicionais times de futebol do Rio de Janeiro – sendo o primeiríssimo em seu coração o America Football Club, além de Flamengo, Vasco da Gama, Fluminense, Botafogo e Bangu. Em seguida foram escritos os hinos dos clubes São Cristóvão, Madureira, Olaria, Bonsucesso e Canto do Rio. Esses hinos são, na verdade, hinos populares, sendo os hinos oficiais da maioria dos clubes músicas diferentes.

Não perdeu o humor nem no final da vida. Em 63, um repórter que fora ao Copacabana Palace para entrevistar Carlos Machado, aproveitou que Lamartine estava lá para também fazer uma entrevista. Lalá perguntou se a reportagem sairia naquele dia, e o repórter disse que não, naquele dia seria exibida uma entrevista com Tom Jobim, que chegara dos Estados Unidos. Lalá: “Ah! Quer dizer que agora estou um tom abaixo?”.

Lamartine Babo nunca se casou. Morreu vitimado por um infarto, no dia 16 de junho de 1963, deixando seu nome no rol dos grandes compositores do Brasil.

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