Cecília Meireles

(Foto: Acervo Última Hora/Folhapress)

Cecília Benevides de Carvalho Meireles foi pintora, poetisa, jornalista e professora.

(Foto: ColegioWeb)

Nascida no Rio Comprido em 7 de novembro de 1901, Cecília Meireles fica órfã aos 3 anos, tendo que se mudar para a casa da sua avó, na Rua São Cláudio (Estácio), onde passou toda sua infância, adolescência e juventude.

Concluiu com brilhantismo o Ensino Fundamental (à época Primário) na Escola Municipal Estácio de Sá, em 1910, tendo recebido uma honraria por “desempenho com distinção e louvor” das mãos de ninguém menos que Olavo Bilac. Já nessa época Cecília mostrava sua paixão pelos livros e escrevia seus primeiros versos. Demonstrava também interesse pela música, sendo levada a estudar canto, violão e violino no Conservatório Nacional de Música.

Aos 16 anos, em 1917, formou-se na então Escola Normal do Distrito Federal (depois Instituto de Educação, hoje Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro – ISERJ), onde foi aluna de figuras como Osório Duque-Estrada e Basílio de Magalhães. Foi escolhida a oradora de sua turma na formatura, o que lhe espantou a timidez e lhe mostrou a vocação para lecionar. Foi a primeira professora da recém criada turma de desenho da Escola Normal do Distrito Federal, por indicação de Fernando Nereo de Sampaio.

Por considerar baixa a qualidade do ensino e pela falta de livros didáticos infantis, Cecília decide escrever ela própria alguns livros para escolas primárias, e em 1924 publica o livro Criança, Meu Amor (prosas para o ensino fundamental). A obra cai no gosto de alunos, docentes e pais, e logo é adotada pela Diretoria Geral da Instrução Pública do Distrito Federal e aprovada pelo Conselho Superior de Ensino do Estado de Minas Gerais e Pernambuco, entrando na lista de leitura de livros paradidáticos.

Em 1919, aos 18 anos, publica sua primeira obra de poemas, Espectros, com dezessete sonetos escritos à época que cursava a Escola Normal. Com o sucesso do livro, Cecília Meireles se aproxima de nomes como Tasso da Silveira e Andrade Muricy. Ao lado deles participou do grupo da revista Festa, por ocasião da Semana de Arte Moderna de 1922.

Nesse mesmo ano, casou-se com o artista plástico português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas. Depois de viúva, casa-se com o engenheiro Heitor Vinícius da Silva Grilo.

Atua como jornalista em 1930 e 31, escrevendo vários artigos sobre os problemas na educação. Fundou em 1934 a primeira biblioteca infantil no Rio de Janeiro.

Publica em 1935 em Lisboa o ensaio “Batuque, Samba e Macumba”. Em 1936 torna-se professora de Literatura Luso-Brasileira na Universidade do Distrito Federal. Em 1942 torna-se sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro.

Falecida em 1964, foi homenageada em 1989 com sua efígie na cédula de cem cruzados novos.

Cecília Meireles deixou uma extensa obra, onde mais de 50 livros foram publicados.

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