Originalmente chamada de Caminho do Andaraí Pequeno (antigo nome da Tijuca), a via só recebeu seu atual nome na década de 1870. Tal nome é uma homenagem a José Francisco de Mesquita, uma das figuras mais importantes da região à época do Império.
José Francisco de Mesquita nasceu a 11 de janeiro de 1790 em Arraial de Congonhas do Campo, região onde hoje localiza-se a cidade de Mariana-MG (sim, Mariana, devastada pelo crime ambiental ocorrido em 2015). José foi um banqueiro e negociante muito, muito rico. Muito rico a ponto de abrir a carteira, por diversas vezes, para ajudar o Estado.
Dentre inúmeras comendas, ordens e cargos recebidos e executados, foi veador da Casa Imperial (um título concedido a um apoiador/cooperador da família imperial), Comendador da Ordem de Cristo (Portugal), Dignitário da Ordem da Rosa (Brasil), Cavaleiro da Legião de Honra (França), Benfeitor da Santa Casa de Misericórdia, etc.
Para além disso, lhe foram concedidos os títulos de Barão de Bonfim, Barão de Bonfim com grandeza, Visconde de Bonfim com grandeza, Conde de Bonfim e (ufa) Marquês de Bonfim.
Teve seis filhos (cinco fora do casamento; o único filho de seu casamento com Francisca de Paula Freire de Andrade – Baronesa de Bonfim – faleceu ainda criança), sendo Jerônimo José de Mesquita o mais conhecido.
CURIOSIDADES:
-> José morreu Marquês de Bonfim, título mais alto que Conde, o qual ficou imortalizado;
-> Jerônimo José de Mesquita, um de seus filhos fora do casamento (fruto de um relacionamento com Luísa Cândida d’Oliveira Penna), foi nomeado Primeiro Barão de Mesquita. Por conseguinte, seu filho Jerônimo Roberto de Mesquita foi nomeado Segundo Barão de Mesquita, sendo também homenageado com uma rua na Tijuca. Sim, Conde de Bonfim é AVÔ do Barão de Mesquita.
Com essa, nos despedimos. Esperamos que tenham gostado das curiosidades acerca da nossa Conde de Bonfim. Fiquem ligados que, em breve, outras ruas e locais da Tijuca terão espaço nesta seção.