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Nísia Floresta Brasileira Augusta, nascida Dionísia Gonçalves Pinto, foi uma educadora, escritora e poetisa brasileira, nascida em Papari-RN, atual município de Nísia Floresta, em 12 de outubro de 1810.
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Nísia é considerada a pioneira na causa feminina no Brasil e na América do Sul. É reconhecida também por sua lutas em prol de indígenas, pela abolição da escravidão e pela liberdade religiosa.
Começa sua carreira na escrita publicando uma série de artigos sobre a condição feminina em 1831, no jornal pernambucano Espelho das Brasileiras. No ano seguinte publica seu primeiro livro, Direito das mulheres e injustiça dos homens, inspirado no livro da feminista inglesa Mary Wollstonecraft, Vindications of the Rights of Woman.
Em seguida, já viúva, segue com mãe e filha para Rio Grande do Sul, onde dirigiu um colégio para meninas. Estoura a Guerra dos Farrapos e seus projetos são interrompidos. Nísia Floresta vai morar no Rio de Janeiro, onde funda e dirige os colégios Brasil e Augusto, muito famosos pelo alto nível de ensino. Mas até este reconhecimento, Nísia e seus colégios, muito dedicados às meninas, sofrerem críticas como “… trabalhos de língua não faltaram; os de agulha ficaram no escuro. Os maridos precisam de mulher que trabalhe mais e fale menos”.
Em 1849, sua filha adoece gravemente, e Nísia e família partem para a Europa, por recomendação médica. Instalam-se, inicialmente, em Paris, na França passando depois por Itália e Alemanha. Nessas idas e vindas, conhece o filósofo Augusto Comte, pai do positivismo, com quem convive durante suas viagens.
Retorna ao Brasil em 1875, em plena campanha abolicionista, e não se refuta em participar do movimento liderado por Joaquim Nabuco.
Nísia morreu de pneumonia em Rouen, França, a 24 de abril de 1885. Foi enterrada no cemitério de Bonsecours, na Normandia e, em agosto de 1954, seus restos mortais foram levados para sua cidade natal.