Rua Luís Gama

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Luís Gonzaga Pinto da Gama nasceu na cidade de Salvador-BA em 21 de junho de 1830. Foi poeta, advogado, jornalista e é o Patrono da Abolição da Escravidão no Brasil.

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Filho de mãe negra livre (Luiza Mahin, uma das principais figuras da Revolta dos Malês) e pai branco (um fidalgo branco de origem portuguesa, de uma rica família baiana), Luís foi vendido e feito escravo aos 10 anos, pelo próprio pai, após sua mãe ser exilada por motivos políticos.

Aprendeu a ler somente aos 17 anos, na fazenda onde trabalhava, tendo como professor um estudante amigo do proprietário da fazenda em Lorena-SP onde Luís vivia e trabalhava. Em seguida (1848), confiante e sabendo de sua situação irregular como escravo (por sua mãe ser livre), fugiu da propriedade.

Em São Paulo capital, Gama começou a carreira jornalística. Fundou, com o amigo e caricaturista Angelo Agostini, o primeiro jornal humorístico paulistano, o Diabo Coxo.

Autodidata, Luís Gama tornou-se advogado* e iniciou suas atividades contra a escravidão, onde estima-se que tenha libertado do cativeiro mais de 500 escravos. É dele a célebre frase: “Perante o Direito, é justificável o crime do escravo perpetrado na pessoa do Senhor” (também cunhada, com o passar do tempo, da maneira “O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa”).

Gama tinha diabetes, falecendo em 24 de agosto de 1882, sem ver concretizada a Abolição da Escravatura. Seu enterro foi uma grande homenagem, de proporções históricas, uma das maiores já vistas na cidade de São Paulo.

*À época, Luís Gama era considerado rábula (advogado que, não possuindo formação acadêmica em Direito, obtinha a autorização do órgão competente do Poder Judiciário, ou da entidade de classe, para exercer, em primeira instância, a postulação em juízo), porém, em 3 de novembro de 2015, acOrdem dos Advogados do Brasil (OAB), 133 anos após a sua morte, lhe concedeu o título de advogado.

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