Gonzaguinha

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Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, mais conhecido como Gonzaguinha, foi um cantor e compositor brasileiro, nascido em 22 de setembro de 1945 no Rio de Janeiro.

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Filho biológico da cantora de coro e samba Odaléia Guedes dos Santos, e registrado pelo Rei do Baião Luiz Gonzaga, nasceu no Morro do São Carlos, no Estácio. Foi criado pelo padrinho Henrique Xavier e pela madrinha Dina, pois sua mãe faleceu quando Gonzaguinha tinha apenas dois anos e seu pai, por conta de seus problemas e andanças pelo país, foi muito ausente em sua infância. Gonzagão costumava enviar algum dinheiro para os estudos do menino e fazia visitas esporádicas.

No convívio com Pafúncio, membro da ala de compositores da Unidos de São Carlos, Gonzaguinha aprendeu cedo a fazer música. Aprendeu com o padrinho seus primeiros acordes no violão. Aos 14 anos, compõe sua primeira música, “Lembranças da Primavera”.

Aos 16 anos, Gonzaguinha, para continuar os estudos, decide ir morar com o pai. Helena, a esposa do Rei do Baião, não aceitou o garoto. Sem muita opção, o menino aceitou completar os estudos como interno em um colégio. Em 1967, ingressou na Faculdade de Ciências Econômicas Cândido Mendes, no Rio de Janeiro.

Passou a frequentar as rodas de violão na casa do psiquiatra Aluísio Porto Carreiro, pai de Ângela, com quem se casou e teve seus dois filhos mais velhos Daniel e Fernanda. Nessa convivência, fundou o Movimento Artístico Universitário (MAU), junto de Aldir Blanc, Ivan Lins, Márcio Proença, Paulo Emílio e César Costa Filho.

Gonzaguinha transformava as dificuldades de sua vida em consciência política e social, que se tornaria sua matéria prima fundamental. A mudança em sua carreira veio em fevereiro de 1973, quando se apresentou no programa de Flávio Cavalcanti, cantando a música “Comportamento Geral”. Acusado de terrorista pelos jurados do programa, foi advertido pela censura. A polêmica levou sua música a ocupar as paradas de sucesso, e seu compacto logo esgotou.

Apelidado de “cantor rancor”, por conta de suas apresentações agressivas aos olhos dos meios de comunicação. Exemplos são as canções consideradas ásperas, como Piada Infeliz e Erva. Muito visado pelo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social – órgão de repressão da ditadura militar), 54 de 72 músicas submetidas à análise do órgão foram censuradas.

Com uma levada mais romântica, em 1979, o compositor estourava no mercado musical com “Não Dá Mais Para Segurar”, na voz de Maria Betânia. A canção ficou conhecida como “Explode Coração”. Durante a década de 80, com suas canções belíssimas, Gonzaguinha foi um dos compositores mais requisitados do mercado brasileiro. Teve suas músicas gravadas por Elis Regina (Eu Apenas Queria Que Você Soubesse), Agnaldo Timóteo (Grito de Alerta), Simone (Começaria Tudo Outra Vez e Sangrando).

Gonzaguinha iniciou uma turnê pelo país ao lado de Luiz Gonzaga, com o show “Vida de Viajante”, em 1981. A turnê selou o reencontro dos dois. Gonzaguinha é também pai de Amora, fruto de sua relação com Sandra Pera, do grupo As Frenéticas.

Gonzaguinha morreu em Renascença-PR, aos 45 anos, em 29 de abril de 1991, ao regressar de uma apresentação, vítima de acidente automobilístico em uma rodovia.

Em 2017 foi tema do carnaval da GRES Estácio de Sá, com o enredo “É! O Moleque desceu o São Carlos, pegou um sonho e partiu com a Estácio!”.

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